A Idealização do Outro

sábado, 22 de janeiro de 2011
Este é, sem dúvidas, o maior erro que podemos cometer em se tratando de relacionamentos. Pois o fato de idealizarmos alguém, e em sua maioria alguém perfeito, e depositar no outro esta idealização é uma atitude irresponsável e mais comum do que imaginamos.
Logo que conhecemos alguém já começamos a tentar “advinhar” suas atitudes e reações, passamos a interpretar o outro a partir da nossa idealização. Começamos um processo, normalmente insconciente, em que “gravamos”, “arquivamos” as qualidades e atitudes da outra pessoa que “reforçam” a figura por nós idealizada, e as contrárias apenas repudiamos.
Esta nossa atitude determina, desde o ínicio, o fracasso do relacionamento. Porque um dia você acorda e vê que vive uma fantasia imaginada por você mesmo. Quando abrimos os olhos é que vemos o quanto a realidade está distante da nossa fantasia e é aí que tudo desmorona.
Percebemos, então, que muitas características do outro era mero fruto da nossa imaginação, e que as características reais estão a anos-luz da imagem idealizada.
Neste caso, o relacionamento foi estruturado sobre uma fantasia, uma ilusão, uma irrealidade, e por isso só há como sobreviver no mundo irreal, tentar tranportá-lo para a realidade é uma utopia.
E as partes envolvidas em tal situação acabam se magoando muito, uma por não ter sua fantasia realizada e a outra por ser, sem seu conhecimento, o objeto de tal fantasia, e por isso mesmo não consegue compreender as atitudes e, principalmente, as cobranças que o outro faz.
Infelizmente as pessoas que estão vivenciando uma situação assim não percebem no que estão inseridas. Mas a maioria das pessoas de seu convívio percebem e  tentam aconselhar, no entanto não atingem o ponto primordial do assunto: A IDEALIZAÇÃO DO OUTRO. Acabam por direcionarem erroneamente os conselhos, que além de não atingirem o alvo complicam ainda mais a situação, fazendo tal fantasia ganhar força dentro da pessoa.
E então, depois de certo tempo, que pode ser curto ou longo, tudo acaba de uma forma abrupta e por vezes traumática, onde ficam cicatrizes em ambas as partes. Os danos são menores quandos as pessoas envolvidas percebem o que viveram e retiram lições. Porém quando não conseguem identificar, os traumas podem se prolongar e atingir novos relacionamentos.
Em ambos os casos os sofrimentos causam crescimento quando há reflexão. Não há vida sem sofrimento, sem dificuldades. Mas o que diferencia as pessoas é a maneira como elas lidam com os problemas.
Desejo que você reflita sobre sua vida, tenha coragem de assumir que não está tomando uma postura adequada e mude sua rota. Sempre é hora para recomeçar!!!

***
Não sou nenhuma especialista amorosa, muito longe disto estou, nem tampouco sou profissional de psicologia, sou apenas uma mera observadora do homem e suas interações com ele mesmo, com outro e com o meio, tentando manter uma visão afastada e crítica, embora seja extremamente difícil, pois atribuimos valores próprios na interpretações que fazemos.
Mas, como esta é a função do meu blog, tecer comentários sobre variados assuntos, aqui estou eu, me aventurando por este complexo mundo dos sentimentos.
***

Grande Abraço!

Ana Paula Fran

3 comentários:

  1. ThiagoViEiRa disse...:

    eu estou fascinado com seu blog e a respeito do assunto eu concordo com sua opinião

  1. Unknown disse...:

    Gostei do tema =)
    Idealização e Imaginário quase que necessariamente andam juntos.
    Não só o imaginário personal, mas também à criação de situações que sempre vão buscar absolver a pessoa idealizada de qualquer problema.

    Parabéns pelo texto

    Att
    Guilherme Ramirez
    www.morgan6.zip.net
    www.twitter.com/gui_ramirez

  1. Anônimo disse...:

    Obrigada Thiago, volte sempre!
    Valeu Gui, gostei muito de sua colocação!

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